Bernhard Wosien foi um bailarino, coreógrafo e professor de dança alemão, considerado o pai da dança circular sagrada.

    Neste artigo, vamos conhecer um pouco mais sobre sua vida, sua obra e sua influência na cultura e na espiritualidade de muitas pessoas.

    A vida de Bernhard Wosien

    Bernhard Wosien nasceu em 1908, em Munique, na Alemanha. Desde cedo, ele demonstrou interesse pela arte, especialmente pela música e pela pintura.

    Aos 16 anos, ele ingressou na Academia de Belas Artes de Munique, onde estudou pintura e desenho. Paralelamente, ele começou a frequentar aulas de dança clássica e moderna, descobrindo sua paixão pelo movimento.

    Em 1929, ele se formou em pintura e iniciou sua carreira como bailarino profissional. Ele dançou em vários teatros e companhias da Alemanha e da Europa, como o Teatro Nacional de Munique, o Teatro Estatal de Berlim, o Ballet Jooss e o Ballet Rambert.

    Ele também se dedicou à coreografia, criando obras originais e adaptando clássicos como O Lago dos Cisnes e A Bela Adormecida.

    Durante a Segunda Guerra Mundial, ele foi convocado para o exército alemão, mas conseguiu escapar do serviço militar por motivos de saúde.

    Ele continuou dançando e coreografando, mas também se envolveu com a resistência ao nazismo, ajudando judeus a fugir da perseguição.

    Após o fim da guerra, ele retomou sua carreira artística e se tornou um renomado professor de dança. Ele lecionou em diversas escolas e academias, como a Escola Superior de Música e Teatro de Hamburgo, a Escola Superior de Dança de Colônia e a Escola Superior de Dança Folkwang. Ele também fundou sua própria escola de dança em Munique, onde ensinou até 1976.

    A obra de Bernhard Wosien

    Bernhard Wosien foi um pioneiro da dança moderna na Alemanha, introduzindo elementos de expressão corporal, improvisação e criatividade em suas obras.

    Ele também foi um estudioso da dança folclórica e da dança sagrada, pesquisando as origens, os significados e as formas de diversas tradições culturais e religiosas.

    Em suas viagens pelo mundo, ele coletou e aprendeu danças de vários países e regiões, como Grécia, Israel, Escócia, Irlanda, França, Espanha, Rússia, Índia e Japão. Ele também se interessou pelas danças dos povos indígenas da América do Sul e do Norte.

    Ele não se limitou a reproduzir as danças que aprendeu, mas as adaptou e transformou em novas criações, respeitando a essência e a simbologia de cada uma.

    Ele também compôs suas próprias músicas para acompanhar as danças ou utilizou músicas clássicas ou contemporâneas.

    Em 1976, ele foi convidado pelo Centro de Renovação Cristã Findhorn, na Escócia, para ensinar suas danças.

    Foi nessa ocasião que ele apresentou pela primeira vez o conceito de dança circular sagrada (DCS), que consiste em um conjunto de danças simples realizadas em círculo por um grupo de pessoas.

    As danças têm como objetivo promover a integração, a harmonia, a paz e a espiritualidade entre os participantes.

    A DCS se tornou um movimento mundial, com milhares de praticantes em diversos países. Bernhard Wosien continuou ensinando e difundindo suas danças até sua morte, em 1986.

    A influência de Bernhard Wosien

    Bernhard Wosien foi um artista multifacetado e um ser humano excepcional. Ele deixou um legado inestimável para a arte da dança e para a cultura mundial. Suas obras refletem sua sensibilidade, sua criatividade e sua visão holística da vida.

    Ele também foi um agente de transformação social e espiritual. Suas danças circulares sagradas são uma forma de expressão, de comunhão e de celebração da vida.

    Elas contribuem para o desenvolvimento pessoal e coletivo, para a preservação das tradições e para a construção de um mundo mais fraterno e pacífico.

    Bernhard Wosien é, sem dúvida, um dos grandes nomes da história da dança. Ele é um exemplo de como a arte pode ser um instrumento de amor, de beleza e de esperança.

    Leia também: Atividades de Ensino Religioso

    Avatar de Giselle Wagner

    Giselle Wagner é formada em jornalismo pela Universidade Santa Úrsula. Trabalhou como estagiária na rádio Rio de Janeiro. Depois, foi editora chefe do Notícia da Manhã, onde cobria assuntos voltados à política brasileira.