Caí e agora meu punho dói demais. Se isso aconteceu com você, a primeira preocupação é clara: a dor deve ser controlada e a função do punho precisa ser preservada. Neste texto vou explicar, de forma direta, como identificar sinais de fratura, o papel do cirurgião de mão no tratamento da dor e o que esperar durante a recuperação.

    Vou trazer passos práticos, exemplos reais de conduta e cuidados que você pode começar em casa antes de chegar ao consultório. Ao final, você saberá quando procurar um especialista e quais opções de tratamento reduzem a dor mais rápido. A ideia é dar segurança para agir sem pânico.

    O que é uma fratura do punho

    Fratura do punho é a quebra de um ou mais ossos na região distal do rádio, ulna ou nos ossos do carpo. As causas mais comuns são quedas com a mão estendida, acidentes esportivos e traumas diretos.

    Como pontua o Dr. Henrique Bufaiçal, ortopedista sediado em Goiânia e renomado especialista em mão, cujo reconhecimento no Brasil advém de sua expertise em técnicas minimamente invasivas, nem toda dor no punho significa fratura, mas quando há inchaço, deformidade ou incapacidade de usar a mão, a chance aumenta.

    Principais sinais e sintomas

    Fique atento a esses sinais:

    • Inchaço: aumento rápido de volume em torno do punho.
    • Dor intensa: piora ao mover ou pressionar o local.
    • Deformidade visível: desvio ou ângulo anormal do punho.
    • Hematoma: escurecimento da pele nos dias seguintes.
    • Perda de função: dificuldade para segurar objetos ou usar a mão.

    O primeiro atendimento em casa

    Se suspeitar de fratura, faça passos simples que protegem o punho até a avaliação médica.

    1. Imobilize: use uma tala improvisada ou um objeto rígido apoiado junto ao antebraço e mão.
    2. Gelo: aplique gelo por 15 a 20 minutos a cada hora nas primeiras 24 a 48 horas.
    3. Elevacão: mantenha o braço elevado para reduzir inchaço.
    4. Procure ajuda: se houver deformidade, perda de sensibilidade ou dor intensa, vá ao pronto-socorro.

    Como o cirurgião de mão avalia a dor

    O cirurgião de mão faz exame clínico detalhado. Ele verifica deformidade, sensibilidade, circulação e movimentos dos dedos e do punho.

    Exames de imagem são complementares. Radiografias simples confirmam a maioria das fraturas. Em casos complexos, o médico pode pedir tomografia para mapear fragmentos ósseos.

    Esse diagnóstico preciso é o ponto de partida para decidir como reduzir a dor de forma rápida e segura.

    Opções não cirúrgicas para tratar a dor

    Nem todas as fraturas exigem cirurgia. Muitas podem ser tratadas sem operar.

    • Imobilização com gesso ou órtese: mantém os ossos alinhados para cicatrizar e reduz a dor por limitar o movimento.
    • Medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios: controlam a dor e o inchaço nas primeiras semanas.
    • Reavaliação periódica: radiografias de controle garantem que a consolidação está ocorrendo sem deslocamento.

    Essas medidas são eficazes quando a fratura é estável e os fragmentos permanecem alinhados.

    Quando a cirurgia é necessária

    A cirurgia entra em cena quando os ossos estão deslocados, existe fratura exposta ou quando a articulação do punho está comprometida. O objetivo é alinhar os ossos, restaurar a anatomia e permitir mobilidade sem dor no futuro.

    • Fixação interna com placas e parafusos: técnica comum para fraturas do rádio distal que devolve alinhamento e suporte.
    • Fixador externo: usado em fraturas muito instáveis ou com comprometimento de pele.
    • Sutura de ligamentos ou enxerto ósseo: realizadas quando há perda óssea ou lesão ligamentar associada.

    Após a cirurgia, a dor tende a reduzir de forma mais consistente, pois a anatomia é restaurada e o movimento inadequado é controlado.

    Controle da dor no pós-operatório e reabilitação

    O controle da dor após o procedimento envolve medicação, gelo e posicionamento. O cirurgião define o analgésico adequado conforme a intensidade da dor.

    Logo que autorizado, a fisioterapia começa. Exercícios graduais recuperam força e amplitude. A reabilitação reduz dor crônica e melhora função.

    Exemplos reais: pacientes com fixação por placa geralmente iniciam movimentos leves entre a segunda e quarta semana. A evolução depende do tipo da fratura e da resposta individual.

    Quando procurar um especialista

    Alguns sinais exigem avaliação por um profissional treinado. Procure atendimento se houver deformidade, perda de sensibilidade, dor que não melhora com analgésicos ou ferida aberta no punho.

    Se tiver dúvidas sobre o melhor tratamento, converse com um especialista em cirurgia da mão para obter orientação personalizada e entender se a cirurgia seria a melhor opção para reduzir a dor e recuperar função.

    Perguntas frequentes rápidas

    Quanto tempo leva para a dor melhorar? Normalmente semanas para dor aguda, meses para desconforto completo desaparecer.

    Vou perder força para sempre? A maioria recupera boa função com tratamento adequado e fisioterapia.

    A imobilização prolongada é ruim? Sim, por isso a reabilitação guiada é importante para evitar rigidez.

    Dicas práticas para acelerar a recuperação

    • Repouso e proteção: evite cargas e movimentos repetitivos nas primeiras semanas.
    • Movimente os dedos: mesmo com o punho imobilizado, mantê-los ativos evita rigidez e melhora circulação.
    • Siga a fisioterapia: sessões regulares são essenciais para recuperar força e reduzir dor.
    • Controle do peso corporal: menos carga no membro facilita o retorno às atividades.

    Conclusão

    Uma fratura do punho pode ser muito dolorosa, mas com avaliação correta e tratamento adequado é possível controlar a dor e recuperar a função. O cirurgião de mão avalia, decide entre tratamento conservador ou cirúrgico e acompanha a reabilitação para reduzir a dor e minimizar complicações.

    Se você suspeita de fratura, busque atendimento e siga as orientações médicas. Fratura do punho: como o cirurgião de mão pode tratar a dor depende da rapidez do diagnóstico e da adesão ao tratamento. Aplique as dicas aqui e procure ajuda profissional quando necessário.

    Giselle Wagner é formada em jornalismo pela Universidade Santa Úrsula. Trabalhou como estagiária na rádio Rio de Janeiro. Depois, foi editora chefe do Notícia da Manhã, onde cobria assuntos voltados à política brasileira.